Proprietários de cerca de 20 estabelecimentos comerciais localizados às margens da avenida Engenheiro Roberto Freire, entre a rota de entrada da Via Costeira e as imediações da Rota do Sol (food park Jardim Ponta Negra), têm até o dia 11 de março para se retirar do local. Diante desta determinação, firmada entre a Prefeitura de Natal e o Ministério Público do Rio Grande do Norte, os vereadores da Câmara Municipal de Natal, juntamente com integrantes do setor, solicitaram nesta terça-feira (19) ao prefeito Álvaro Dias a continuidade do empreendimento.
Na ocasião, o prefeito se mostrou receptivo ao pleito dos parlamentares e empreendedores, se comprometendo em promover nos próximos dias uma reunião com o Ministério Público para dialogar e encontrar uma solução. Segundo ele, o prazo de saída dos "caminhões de comida" pode ser elastecido para dar tempo de inserir o tema na revisão do novo Plano Diretor.
"Acredito que devemos preservar a localização dos pontos de vendas que tem prestado bons serviços. A comunidade e os turistas que chegam ao nosso município gostam, frequentam, participam. Não vejo dificuldade para sentarmos e acabar com essa polêmica", defendeu o prefeito Álvaro Dias.
Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Natal, vereador Paulinho Freire (PSDB), disse que o Legislativo natalense continuará mediando a situação junto com a Prefeitura. "Estamos cientes da importância econômica desse comércio para muitas famílias. Agora, o próximo passo é marcar uma audiência com o MPRN para tentar alongar o prazo de permanência e debater a regularização no Plano Diretor. Estamos cientes da importância econômica desse comércio para muitas famílias".
De acordo com o vereador Klaus Araújo (SD), o prefeito Álvaro Dias foi sensível ao pleito da categoria. "Ele, inclusive, vai aos procuradores para tentar convencê-los sobre a necessidade da manutenção dos food trucks em Ponta Negra. Também chegamos ao consenso que o problema deve ser solucionado via Plano Diretor, que deve chegar neste parlamento ainda este ano. Em tempo: são centenas de empregos e dezenas de famílias que estão em jogo; precisamos abordar a temática com olhar social", afirmou o parlamentar.
"Trata-se de mais uma opção gastronômica de qualidade à disposição dos natalenses e turistas, que oportuniza a geração de emprego e renda para a população. E, é claro, lazer e entretenimento! O problema é que não existe uma lei para reger a situação dos food trucks na cidade e, por isso, não tivemos como regularizar", explicou Vanessa Silva, presidente da Associação dos Food Trucks do RN. "A verdade é que o espaço no qual estamos antes era apenas um matagal que gerava insegurança para moradores e comerciantes. Hoje, é um lugar visitado por pessoas do mundo todo. Isso posto, contamos com a sensibilidade do poder público nesta questão", concluiu.
Texto: Junior Martins
Fotos: Verônica Macedo