Criada na década de setenta pelo educador francês André Lapierre, a Psicomotricidade Relacional é uma prática educativa, que permite a crianças e adolescentes expressarem seus conflitos relacionais, superando-os através do brincar, ajudando na formação integral. Através de atividades lúdicas, as crianças são envolvidas em situações que permitem revelar, de modo natural, o que se passa no seu mundo interior, expressando seus desejos, necessidades e dificuldades, sem a necessidade de expressões verbais. Para garantir o acesso dessas atividades na rede pública municipal, foi sancionado em maio deste de ano, o Projeto de Lei 156/2018, de autoria do vereador Klaus Araújo (SD), que institui na rede pública municipal atividades de Psicomotricidade Relacional nos níveis de Educação Infantil e nas primeiras séries do Ensino Fundamental.
Para a educadora infantil Maria Anunciada, essas atividades garantem avanços grandiosos na formação das crianças. “Elas vão servir de alicerce para consolidar a construção do conhecimento aliando o corpo e a mente para uma aprendizagem saudável. Nessas atividades podemos desenvolver a exploração da percepção tátil com a utilização de espumas, esponjas, algodão, cola alto-relevo, carimbando os dedos e produzindo desenhos, entre outras atividades, e dessa forma podemos explorar a percepção tátil para aliar o que o aluno pensa, quando está trabalhando utilizando as mãos e o corpo e como isso vai refletir de forma positiva na produção e desenvolvimento dele”, destacou.
“Esse projeto é muito importante principalmente para o acompanhamento e tratamento de crianças autistas que estudam na rede pública. Vamos garantir o acesso a profissionais adequados e capacitados e ajudar as crianças a descobrirem e desenvolver suas habilidades diárias através de práticas que valorizem todo o conjunto de ações ao longo de sua jornada escolar”, afirmou o vereador Klaus Araújo.
Texto: Kehrle Junior
Foto: Elpídio Júnior