Alunos e professores da Escola Municipal Irmã Arcângela situada no bairro Igapó, Zona Norte de Natal, se reuniram na tarde desta quinta-feira (22) para abordar um dos temas mais preocupantes na comunidade escolar: o uso e combate às drogas. Essa é a décima nona edição do projeto Escola na Frente, que visita escolas públicas das quatro regiões administrativas da capital potiguar. A aula foi promovida pela Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.
“Essa é mais uma edição do Projeto Escola na Frente que já faz parte do calendário oficial da Câmara Municipal do Natal e com essa nossa ação pretendemos estar cada vez mais próximos da comunidade escolar, aproximando cada vez mais os jovens. Hoje tivemos a oportunidade de ter o contato com os atores que fazem parte do sistema de garantias e defesas da criança e do adolescente, que são representantes do CREAS, conselho tutelar e uma psicóloga para tratar da temática das drogas. Pretendemos fazer com que os jovens possam ter esclarecimentos e tirar suas dúvidas, além de plantar uma semente aqui nessa escola”, destacou a vereadora Julia Arruda (PDT), que preside a Frente Parlamentar.
Segundo a Psicóloga Samia Jorge, o encontro tem como objetivo despertar um novo olhar nas crianças e adolescentes. “A temática das drogas é uma temática que não podemos fugir. Não adianta fecharmos os olhos e querermos que na nossa escola, no nosso bairro e na nossa família, nunca tenha alguma influência da droga na nossa vida e no nosso dia a dia. Então é importante abordamos a questão das drogas em si, mas é muito mais importante a gente falar das causas que levam a esse consumo tão grande e essa vulnerabilidade que nossos jovens estão. Então, precisamos debater e conscientizar”, disse Samia.
O diretor da escola, Asclepíades Fernandes, pontuou a importância do projeto na comunidade escolar. “Extremamente importante até porque a escola está situada em um ambiente muito vulnerável, então aqui nós temos um problema muito sério de drogas, pais envolvidos com drogas, alunos envolvidos com drogas e essa temática é importante demais porque desperta e alerta, não só os alunos, mas toda a comunidade no entorno, as famílias e os colegas desses alunos”, acrescentou Asclepíades.
“Eu acho que a droga é um vício muito ruim. Os professores precisam chamar os alunos para conversar e explicar o mal que elas fazem. Temos muitos alunos viciados em drogas e muitos adolescentes que se envolvem no mundo do crime, vendem e usam. Nós alunos temos que entender que esse é um caminho muito ruim e o mundo da droga é destruidor. Por isso é importante esse encontro para abrir a mente dos estudantes”, afirmou a estudante do 8° ano Débora Rayngrid, de 14 anos.
Texto: Kehrle Junior
Fotos: Verônica Macedo