Durante a tarde desta segunda-feira (16), os vereadores integrantes da Comissão de Saúde da Câmara se reuniram no plenário do legislativo e debateram junto aos representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), servidores e outras entidades, a reabertura da Maternidade de Felipe Camarão, na Zona Oeste da Cidade, que foi alvo de visita da Comissão, na última segunda-feira (09). Os parlamentares foram verificar a situação do prédio da unidade, que era referência em parto normal humanizado e entrou para reformas de readequação desde junho de 2018 e ainda não foram concluídas.
De acordo com o secretário adjunto de Saúde, Fabiano de Moura Fontes, as obras deverão ser retomadas nos próximos dias. Ele também explicou o motivo da paralisação da obra. “Inicialmente houve a paralisação devido à mudança na razão social da construtora, que o proprietário alterou. A partir daí, a nota fiscal da segunda medição estava incompatível com os dados do contrato. A secretaria por força de lei teve que aditivar o contrato para fazer o nome da razão social, tendo também a necessidade de uma adequação na planilha da reforma, a partir daí a soma dos serviços não previstos inicialmente exigiu uma adequação de aproximadamente 18 mil reais. Agora estamos concluindo essa adequação para a empresa retomar os serviços”.
“A previsão é que em até duas semanas concluamos a adequação da planilha, que está com o departamento jurídico e a partir daí, iremos notificar o fornecedor com a ordem de serviço e a obra será reiniciada. O prazo a partir da ordem de serviço é de que em noventa dias a reforma seja entregue”, afirmou Fabiano Fontes.
Outro ponto destaque no debate foi quanto à mão de obra de profissionais para a Maternidade de Felipe Camarão. Segundo Maria Dalva, presidente do Conselho Municipal de Saúde, vai ser preciso contratar novos profissionais. “A secretaria não tem pessoal suficiente, quando a unidade reabrir vai ser preciso buscar uma solução para essa situação, porque concluída a reforma do prédio e se retirar profissionais da Araken Pinto e Leide Morais para Felipe Camarão, nós apresentaremos um déficit em ambas as unidades. A solução então seria a convocação do cadastro de reserva”, afirmou Maria Dalva.
UBS Pajuçara
Outro tema de discussão foi quanto o fechamento do laboratório da Unidade Básica de Saúde (UBS), do conjunto Pajuçara, na Zona Norte. “A UBS de Pajuçara é uma das maiores da nossa cidade, porém subutilizada e lá tinha um setor de coleta de sangue e material biológico e esse centro foi fechado. Então aquela população toda ficou desassistida e a UBS de Pajuçara é uma unidade de porta-aberta, que atende pessoas de outras comunidades e mulheres que estão fazendo o pré-natal por conta do deslocamento que foi encaminhado para áreas mais distantes. Nós estamos vendo junto à secretaria a melhor forma de solucionar esse problema”, destacou a vereadora Carla Dickson (PROS).
Avaliação do Encontro
“Um encontro positivo e agora nós iremos cobrar da Secretaria de Saúde através da Comissão de Saúde, a solução dos problemas na UBS Pajuçara e também da Maternidade de Felipe Camarão. Esperamos o quanto antes ter a resposta concreta de quando todos os serviços serão reativados e retomados para a população, tanto de Pajuçara, quanto de Felipe Camarão”, acrescentou o vereador Preto Aquino (PATRIOTA).
“Abrimos o debate das comunidades presentes, foram dadas respostas e encaminhamentos importantes. Nós temos problemas em Pajuçara, no Alto da Torre, na maternidade de Felipe Camarão que precisamos reabrir e fizemos um bom debate hoje aqui. Os recursos estão garantidos e caso faltar alguma coisa é preciso o diálogo para incluir no orçamento, já que é uma estrutura muito importante, premiada pela UNICEF, com banco de leite e parto humanizado, mas que está fechada e isso não pode acontecer. Temos que duplicar tudo para garantir uma assistência melhor para toda população. Então um encontro positivo e bastante produtivo”, enfatizou o presidente da Comissão, vereador Fernando Lucena (PT).
Texto: Kehrle Junior
Fotos: Elpídio Júnior