Durante a tarde desta segunda-feira (21), os vereadores integrantes da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Natal visitaram as obras da unidade básica de saúde (UBS), da comunidade Alto da Torre, situada no bairro da Redinha, Zona Norte da cidade. A ida dos parlamentares teve como objetivo fiscalizar a situação da estrutura do prédio, que está com as obras paralisadas desde julho de 2018.
Essa é a quinta visita da Comissão ao local, desde o início das obras, que foram iniciadas desde 2014. A estrutura visa atender as comunidades do Conjunto dos Garis, Raio de Sol, Parque Floresta e Sítio Serraria. Os moradores da região realizaram na última semana um mutirão de limpeza no local, que atualmente está servindo como residências para moradores de rua. Agora eles cobram uma providência definitiva.
“A gente reuniu toda a população aqui, pois a gente não aguentava mais conviver com tantos insetos, ratos, baratas, lixo e os moradores de rua cada vez mais trazendo lixo aqui para dentro. O problema está cada vez pior, já que além disso a gente ainda não tem nosso atendimento em saúde. Tudo que queremos é que as autoridades tenham ciência do problema e tomem as providências”, afirmou o morador do Alto da Torre, Maciel de Freitas.
Segundo o vereador Fernando Lucena (PT), presidente da Comissão de Saúde, além do problema das obras abandonadas, o local agora criou outros problemas sociais. “Nós já estamos tendo um outro problema, que é a ocupação da obra. Vai deixar de ser um problema de saúde e vai virar um problema habitacional e isso não pode. Aqui já foi gasto mais de R$ 1 milhão de reais nesta obra. Então tem que ser retomada. Essa unidade vai atender todo o lado direito da avenida João Medeiros Filho no bairro da Redinha, área descoberta, que vai ter seu problema resolvido com uma unidade média, tipo 2, com 35 salas, tornando-a ainda mais importante para a sociedade”, destacou Lucena”.
Integrante da Comissão de Saúde, a vereadora Carla Dickson (PROS) esteve no local e explicou para a população como está o andamento dos serviços no local, após contato com a secretaria de Saúde. A vereadora relatou como se encontram os trâmites para a retomada da obra.
“Um novo processo licitatório tem que ser solicitado e foi solicitado um de urgência por parte da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), para a conclusão, haja vista que já existe toda uma estrutura enorme precisando apenas de acabamento e que está sendo todo saqueada. A SMS tem essa consciência, então foi ao Ministério Público (MP/RN), mas nada foi possível, não quiseram dar a documentação de urgência, algo que respaldasse o Executivo de realizar um processo licitatório emergencial. Por causa disso está sendo feito todo o rito normal e os prazos legais”, explicou Carla Dickson.
Texto: Kehrle Junior
Fotos: Elpídio Júnior