A Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Câmara Municipal visitou, nesta segunda(25), a Unidade de Saúde Básica Rosângela Lima, no Planalto. O presidente da comissão, Preto Aquino (PSD) e os vereadores membros Luciano Nascimento (PTB) e Camila Araújo (PSD) inspecionaram as instalações físicas e se reuniram com a equipe gestora, médica e de enfermagem, para conhecer todas as demandas dos profissionais.
“Essa unidade tem 10 mil usuários cadastrados e trabalha sobrecarregada, atendendo não só moradores da própria área de cobertura, mas também de comunidades adjacentes. Constatamos problemas estruturais como infiltrações e vazamentos”, informou o presidente da comissão.
Preto Aquino ainda chamou a atenção para um terreno próximo que, segundo ele, pertence à unidade e está abandonado, servindo como lixão, matagal e reduto de viciados. “Um espaço que poderia ser utilizado como estacionamento ou para a implantação de uma academia da terceira idade”, exemplificou.
A vereadora Camila Araújo elogiou a organização da Unidade e o empenho da equipe. “Apesar das dificuldades que verificamos e fomos informados, a UBS é organizada, ampla e com boa oferta de serviços”, afirmou.
Já o vereador Luciano Nascimento fez um desabafo à equipe da UBS Rosângela Lima. “Visitamos as unidades de saúde, fazemos relatórios e, muitas vezes, ficamos sem respostas da Secretaria Municipal de Saúde. Mas, não vamos deixar de fazer nosso trabalho e seremos incansáveis pela melhoria da qualidade do atendimento da população e melhores condições de trabalho pra os profissionais de saúde”, garantiu.
A diretora da unidade, Raila da Costa e Souza, informou que são prestadas 75 consultas eletivas e de urgência por dia, além de dezenas de exames, testes, procedimentos ambulatoriais, atendimentos odontológicos e vacinas aplicadas. Diante da demanda, ela ressaltou que a unidade já está ficando pequena e que a procura vem crescendo a cada dia, sendo a mais procurada entre as três unidades de saúde que funcionam no Planalto. Segundo ela, o déficit de pessoal é de 50%. Ou seja, para funcionar sem sobrecarga, a unidade precisaria do dobro de médicos e técnicos de enfermagem, além do pessoal de apoio.
Reunidos com a equipe da unidade, a comissão de vereadores apurou ainda, deficiências na limpeza, falta de equipamentos e de EPIs (equipamentos de proteção individual. Também ouviram sobre a falta de medicamentos de uso contínuo, como os utilizados no tratamento da diabetes, e demora na marcação de exames e consultas para quase todas as especialidades médicas.
A UBS Rosângela Lima integra o programa “Saúde na Hora”, com funcionamento das 7h às 19h, de segunda a sexta-feira.
Texto: Ilana Albuquerque
Fotos: Elpídio Junior