A Câmara Municipal de Natal realizou nesta sexta-feira (10) uma audiência pública para debater a temática antiaborto. Proposta pelo vereador Anderson Lopes (PSDB), a audiência reuniu religiosos, populares e profissionais que se opõem ao aborto.
"Entendemos que há casos em que o aborto é inevitável, mas não se pode banalizar a vida e permitir que isso aconteça em qualquer situação, sem controle e sem respeito à vida. Por isso apoiamos as iniciativas de campanha pró-vida", disse o parlamentar.
Religiosos das igrejas evangélicas e Anglicana defenderam que a vida começa já no ato da fecundação e, por isso, interromper uma gravidez, mesmo que no início, seria um crime. "A vida passa a existir no ato de sua concepção e precisamos levar essa discussão adiante", disse o Reverendo da Igreja Anglicana em Natal, Melque Ambrósio. "Enquanto a sociedade enxerga o estupro como ato de violência, precisa ver que o aborto também é um ato de violência. Entendo que esse conhecimento pode trazer à mulher o desejo de ressignificar sua vida", comentou o pastor Alex Moreno.
Na audiência, que contou também com a presença do deputado federal Sargento Gonçalves (PL), a ginecologista e ultrassonografista Myllena do Vale destacou que em poucas semanas, já considera que o feto é uma vida. "Se um bebê desejado é vida com oito semanas, por que aquele que não é desejado deixa de ser vida com esse mesmo tempo? No ultrassom, a gente já vê que já é uma vida humana desde sua concepção", pontuou.
Os participantes sugeriram ações para promover a linha de pensamento exposta, como adesivaço e campanha antiaborto nas redes sociais.
Texto: Cláudio Oliveira
Fotos: Ingridy Silva