A Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Câmara Municipal de Natal deu continuidade, nesta segunda-feira (18), à sua agenda de visitas fiscalizatórias. Agora foi a vez da UPA de Cidade da Esperança (Zona Oeste) receber os parlamentares que integram o colegiado para inspeção do funcionamento da unidade. Estiveram presentes no encontro a vereadora Camila Araújo (União Brasil) e os vereadores Luciano Nascimento (PTB), Preto Aquino (PSD), Peixoto (PTB) e Herberth Sena (PSDB).
De acordo com o presidente da comissão, vereador Luciano Nascimento, a visita foi motivada por denúncias da população sobre falta de profissionais e demora na realização dos procedimentos de saúde. "Recebemos reclamações dos usuários da existência de superlotação no equipamento. O que constatamos foi uma carência de profissionais, especialmente de enfermeiros e técnicos de enfermagem, o que contribui decisivamente para a demora no atendimento das pessoas", disse ele, acrescentando:
"Precisamos, também, batalhar pela ampliação da estrutura física dessa UPA. Felizmente, já existe um projeto em andamento para a reforma da unidade aproveitando um espaço ao lado do prédio, o que aumentaria de forma significativa o número de leitos. Se conseguirmos fazer isso e incrementar a equipe com mais profissionais da enfermagem, teremos um cenário melhor para a comunidade".
Na sequência, a vereadora Camila Araújo observou que apesar da situação difícil na qual a unidade se encontra, os insumos necessários para o trabalho dos servidores estão presentes e em boa quantidade. "O maquinário de raio-x funciona adequadamente e os pacientes internados, que precisam de uma medicação intravenosa, estão numa sala de observação, em salas de isolamento. Pacientes com tuberculose e outras doenças contagiosas, também em isolamento, o que é um fato positivo. De negativo, o equipamento não tem condições de atender pacientes psiquiátricos e o déficit de enfermeiros e técnicos é grande".
O diretor da UPA Cidade da Esperança, Ricardo Pinto, falou que a missão é atender urgências e emergências, mas a procura por pacientes com problemas de saúde típicos de unidades básicas aumenta ainda mais a pressão na equipe. "O que causa esse tumulto na UPA? Os pacientes classificados como urgentes são a prioridade no atendimento da unidade. E às vezes a população não entende porque chegou às 10h da manhã e tanta gente passou na frente. Basta buscar os números para vermos que 70% dos pacientes que estão na fila deveriam estar em alguma UBS ao invés da UPA", concluiu.
Texto: Junior Martins
Fotos: Francisco de Assis