Nesta segunda-feira (10), a Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Câmara Municipal de Natal realizou mais uma visita fiscalizatória aos equipamentos públicos de saúde da capital potiguar. Desta vez, os parlamentares visitaram a Policlínica Zona Oeste a fim de verificar se as condições de trabalho melhoraram oito meses depois da última visita. Participaram do encontro os vereadores Luciano Nascimento (PTB), Camila Araújo (União Brasil), Herberth Sena (PV) e Preto Aquino (Podemos).
Localizada no bairro Cidade da Esperança, a unidade oferece atendimento em cardiologia, endocrinologia, reumatologia, psiquiatria, entre outras especialidades médicas. Também dispõe de pequenas cirurgias, odontologia e fisioterapia. Em média, 20 mil atendimentos são realizados todos os meses no local.
O presidente da Comissão de Saúde, vereador Luciano Nascimento, disse estar triste com as dificuldades encontradas na unidade. "A gente sabe que os serviços de saúde na capital estão perto de colapsar. Temos aqui um equipamento com infiltrações, escassez de medicamentos, infraestrutura precária, mofo e salas fechadas, além da carência de profissionais, o que força a equipe a trabalhar no limite", pontuou ele, informando: "Vamos preparar um relatório detalhado e fazer um apelo à Secretaria de Saúde para que mande urgente uma equipe de engenharia para pelo menos restabelecer o funcionamento de algumas salas com problemas estruturais graves".
Em seguida, a vereadora Camila Araújo (União Brasil), que recebeu denúncias da comunidade sobre o funcionamento precário da Policlínica, fez questão de ressaltar o trabalho dos servidores empenhados na instituição. "Encontramos aqui profissionais empenhados, aguerridos, que lutam para fazer um bom trabalho, porém, sem condições para tanto. Os ambientes são insalubres e inúmeros instrumentos simplesmente não funcionam", declarou a parlamentar.
Joelson Teixeira, diretor da Policlínica Zona Oeste, contou que a unidade apresenta demanda reprimida em diversas especialidades e apontou a necessidade de reestruturar o prédio e de trazer mais servidores para reforçar a equipe. "Temos uma demanda gigantesca em cardiologia, inclusive na regulação central, setor que faz a gestão da fila. A psiquiatria é outra área com fila extensa, principalmente depois da pandemia. Mas, infelizmente, não temos profissionais suficientes para atender tantas situações. Entretanto, não adianta contratar novos profissionais sem salas para que possam atender os pacientes. Portanto, precisamos primeiro de estrutura para podermos acolher um número maior de trabalhadores da saúde".
Texto: Junior Martins
Fotos: Elpídio Júnior