A acessibilidade na cidade de Natal foi o tema discutido, na manhã de hoje (20), pela Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida. A reunião contou com a participação de representantes da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (SEMURB) e sociedade civil.
"A Comissão fez um estudo de todas as Leis aprovadas na cidade sobre pessoas com deficiência e mobilidade reduzida para averiguar quais estão sendo cumpridas. Constatamos que em relação à mobilidade algumas estão sendo colocadas em prática, principalmente em relação aos transportes públicos, os ônibus, porém muitas ainda não saíram do papel. Hoje recebemos representantes da STTU e da SEMURB para que seja realizado um estudo e um trabalho em conjunto objetivando soluções para os problemas tanto de acessibilidade quanto da mobilidade", afirmou a vereadora Carla Dickson (PROS), presidente da Comissão.
Durante a reunião foi discutido a inserção do plano de rotas acessíveis na revisão do Plano Diretor da cidade. A rota acessível consiste no 'trajeto contínuo, desobstruído e sinalizado, que conecta os ambientes externos ou internos de espaços e edificações e que possa ser utilizado de forma autônoma e segura por todas as pessoas inclusive aquelas com deficiência'. Alessandra Marinho, diretora do departamento de obras e serviços da SEMURG destacou a importância de discutir a questão da reforma e padronização dos passeios públicos e das calçadas na cidade. "É um tema importante para que a população possa se conscientizar que o desenvolvimento de rotas acessíveis é relevante não só para os que possuem alguma deficiência, mas sim para a população em geral. A implantação de rotas acessíveis é um benefício que vai abarcar toda a população e, antes de qualquer ação do município, esse benefício precisa ser trabalhado e conscientizado com toda a população", explicou Alessandra.
De acordo com a vereadora Júlia Arruda (PDT), é necessário que a população tenha uma consciência coletiva para que as ações dos órgão públicos sejam colocadas em prática. "Os projetos estão sendo desenvolvidos cada vez mais para pessoas, para o bem comum, e para que esses projetos tenham êxito precisamos pensar no próximo, ter uma consciência coletiva, cada um fazer sua parte, por exemplo, adaptar suas calçadas, que hoje é um grande dificultador do direito de ir e vir", disse a parlamentar.
Texto: Karol Fernandes
Fotos: Marcelo Barroso