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Câmara Municipal de Natal

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Notícia

27/09/2017 Saúde da Mulher é debatida em audiência na Câmara Municipal

A Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Mulher levou para a Câmara Municipal na manhã de hoje (27) a discussão sobre o atendimento à saúde da mulher. A Frente, coordenada pela vereadora Eudiane Macedo (SD), propositora da audiência, reuniu vereadores, deputadas estaduais, Conselho Municipal de Saúde, Secretarias de Saúde do Estado e do Município, bem como entidades e órgãos ligados à temática. Durante a audiência, foi lançado o programa "Presença de Mulher - historiografia feminina", idealizado pela consultora e pesquisadora da Fundação Ulysses Guimarães, Udymar Pessoa, e que será exibido pela TV Câmara de Natal.

Durante a audiência, a saúde da mulher foi abordada em diversas vertentes, desde as doenças que afligem o público feminino, passando pela dificuldade de atendimento e o combate aos óbitos de mulheres em decorrência de parto. Um dos dados que chamou a atenção foi de que Natal tem registrados mais de 1 milhão de cartões do SUS (Sistema Único de Saúde), sendo que a população estimada não chega a 900 mil habitantes, fato que comprova que a cidade atende a demanda de outros municípios que não cumprem com tal responsabilidade. O problema apontado é que isso impede que o município consiga atender seus habitantes satisfatoriamente.

Sobre a morte materna a presidente do Comitê de Luta pela Redução da Mortalidade Materna, Fetal e Infantil da Secretaria de Saúde do Estado (Sesap), Maria do Carmo Lopes, disse que a incidência é preocupante porque nem o país e nem o estado conseguiram alcançar o objetivo firmado há 17 anos quando se comprometeu a reduzir em 75% essas mortes. A estimativa atual é de que no Rio Grande do Norte essa incidência seja de 48 óbitos a cada 100 mil partos, sendo que no ano 2000 era de 50 óbitos. O ideal deveria ficar entre 10 a 12 óbitos. "São mortes causadas por complicações na gravidez, ou durante e pós parto. Isso poderia ser resolvido se fosse oferecido um pré-Natal de qualidade com garantia dos exames em tempo hábil e assistência ao parto com acompanhamento na atenção básica no pós-parto. Com isso reduziria também  a mortalidade neonatal", explicou a representante da Sesap.

A incidência do câncer de mama também foi tratada na audiência. De acordo com Maciel Matias, do Centro de Oncologia da Liga Norte Riograndense contra o Câncer, a  estimativa é de 650 novos casos de câncer somente neste ano, sendo que no Brasil poderá chegar a 1 milhão e a realização de exames é a melhor forma de evitar complicações da doença e um melhor tratamento. Para a vereadora Eudiane Macedo, a audiência oportunizou que a sociedade tomasse conhecimento sobre dados preocupantes e sobre as razões para as dificuldades no atendimento. "A falta de atendimento também é uma violência contra as mulheres. Quem procura o atendimento e não consegue, ou demora a fazer mamografia e exames, por exemplo, pode comprometer a vida. Na audiência a gente teve acesso a dados alarmantes e às razões pelas quais o sistema não atende como deveria, como por exemplo, a demanda que vem de outras cidades. Por isso, é importante debater para buscar soluções e para a orientar a população", disse.

Texto: Cláudio Oliveira
Fotos: Marcelo Barroso

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